Categoria Advpl

porPaulo Henrique Corrêa Cardoso

Programação Orientada a Objetos – ADVPL

Olá pessoal, tudo bem ?

Hoje vou falar um pouco sobre o programação orientada a objetos (POO) dentro da linguagem ADVPL.

O ADVPL é uma linguagem baseada no Clipper, sendo assim, uma linguagem estruturada.

Com a evolução das linguagens, a TOTVS buscou aprimorar sua linguagem, e com o passar do tempo, e trouxe a orientação a objetos para dentro do ADVPL.

Então, como todas as linguagens POO, ela possui Classes, Propriedades, Métodos, Herança, Encapsulamento, Polimorfismo e Abstração.

Vou explicar um pouco de cada parte do conceito de POO na linguagem ADVPL.

Primeiramente vamos começar com a definição da classe.

#INCLUDE 'TOTVS.CH'
/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} ExemploClass
Classe de exemplo ADVPL

Uso: Geral

@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 27/07/2020
@version 1.0
-----------------------------------------------------------/*/
CLASS ExemploClass From LongClassName
  
  // Defina os parâmetros que sua classe deverá possuir
  Data cPropStr
  Data nPropNum
  Data dPropData
  Data oPropObj
  Data aPropArray
  Data lActive
  
  METHOD New() CONSTRUCTOR
  METHOD Activate()
  METHOD Deactivate()
  METHOD Executar()
  // Demais métodos pertinentes a sua classe 
  
ENDCLASS

Nesta primeira primeira parte de definição da classe vamos colocar o nome da classe logo após a palavra reservada CLASS e o nome da classe pai que nossa classe vai herdar após a palavra reservada From.

Como não estamos herdando essa classe de nenhuma classe especifica vamos herdar a classe LongClassName que permite a utilização de nomes longos.

Logo abaixo começamos a definir as propriedades da classe, utilizando a palavra reservada Data, seguido do nome da propriedade.

Logo abaixo vamos definir as assinaturas dos métodos existentes em nossa classe. Repare que definimos um método New que será o construtor da nossa classe, utilizando a palavra reservada CONSTRUCTOR.

E por fim, encerramos a definição da classe utilizando a palavra reservada ENDCLASS.

Com nossa classe definida, começamos a realizar a construção de nossos métodos dentro da classe.

Primeiramente vamos definir o método construtor e  entender sua importância.

/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} New()
Construtor da classe

Uso: ExemploClass

@sample
//ExemploClass():New()

@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 27/07/2020
@version 1.0
-----------------------------------------------------------/*/
METHOD New() CLASS ExemploClass

  ::cPropStr      := " "
  ::nPropNum      := 0
  ::dPropData     := Date()
  Self:oPropObj   := NIL
  Self:aPropArray := {}
  Self:lActive    := .F.

Return Self

O método New, é importante para a iniciação base das propriedades da classe, ou seja seus valores default, desta forma vamos garantir a integridade do funcionamento da classe.

Também podemos definir a obrigatoriedade do preenchimento dos parâmetros da classe, obrigando a passagem deles por parâmetro do método. Isso deve ser feito da mesma forma que é feito em uma função comum do ADVPL.

Muito importante que o retorno deste método seja a palavra reservada Self, que representa o objeto da instância da nossa classe.

Ou seja nosso método New tem a função de criar a instância em que iremos trabalhar, possibilitando a utilização de todos os métodos e propriedades existentes em nossa classe.

Note que para manipularmos ou acessarmos propriedades de dentro de nossa classe podemos utilizar a palavra reservada Self ou ::, as duas formas indicam que estamos acessando propriedades ou métodos de nossa classe corrente. Isso só pode ser utilizado dentro do escopo da classe, ou seja, dentro dos métodos da mesma.

 

Outros métodos importantes de utilizamos são os métodos Activate e o Deactivate.

Com o método Activate podemos definir que nossa classe esta pronta para executar determinados métodos e realizar uma pré-validação de suas execução.

E o método Deactivate é importante para realizarmos a destruição dos objetos e informações correntes, já que o ADVPL não destrói essas informações automáticamente, deixando as mesmas em memória até a finalização da thread corrente.

Vamos defini-los :

/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} Activate()
Ativa a classe

Uso: ExemploClass

@sample
//ExemploClass():Activate()

@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 27/07/2020
@version 1.0
-----------------------------------------------------------/*/
METHOD Activate() CLASS ExemploClass
  
  If !Empty(::cPropStr) .AND. ::nPropNum > 0
    ::lActive := .T.
  EndIf
Return ::lActive

/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} Deactivate()
Desativa a classe

Uso: ExemploClass

@sample
//ExemploClass():Deactivate()

@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 27/07/2020
@version 1.0
-----------------------------------------------------------/*/
METHOD Deactivate() CLASS ExemploClass
    
    If ::oPropObj <> NIL 
        ::oPropObj:DeActivate()  
        FreeObj(::oPropObj)
        ::oPropObj := Nil	
    EndIf
    
    ::lActive := .F.
Return

 

Vamos agora criar um exemplo de métodos de execução:

/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} Executar()
Método exemplo de execução na classe.

Uso: ExemploClass

@sample
//ExemploClass():Executar()

@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 27/07/2020
@version 1.0
-----------------------------------------------------------/*/
METHOD Executar() CLASS ExemploClass
  Local cRet := ""
    
  If ::lActive 
     If ::nPropNum > 10 
       cRet := "Data de Execução do método - " + DTOS(dPropData) + "Texto: "+ ::cPropStr
     Else
       cRet := " Propriedade numerica é menor ou igual a 10 "
     EndIf
  Else
    cRet := "A Classe não está ativa"
  EndIf
    
Return cRet

 

No exemplo a seguir vamos aprender a instanciar e executar métodos da classe.

/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} ExecClas()
Utilizando classe de Exemplo 

Uso: ExemploClass

@sample
//U_ExecClas()

@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 27/07/2020
@version 1.0
-----------------------------------------------------------/*/
User Function ExecClas()
  Local oObjClass  := NIL
  Local cTextoRet  := ""
  
   // Cria instancia da classe 
   oObjClass := ExemploClass():New() 
   
   // Preenche propriedades 
   oObjClass:cPropStr := "Teste 1"
   oObjClass:nPropNum := 20
   
   // Ativa a classe
   oObjClass:Activate()
   
   // Executa métodos
   cTextoRet := oObjClass:Executar() 
   Conout(cTextoRet)
   
   // Desativa e destroi a classe
   oObjClass:Deactivate()
   FreeObj(oObjClass)
   oObjClass := NIL
    
Return

Com essas estruturas podemos definir os métodos que quisermos e compartilhar as propriedades existentes na classe, entre eles.

Tenho certeza que com a utilização da orientação a objetos você vai economizar e reutilizar muitos códigos em seus futuros desenvolvimentos.

 

Espero que gostem…

 

Até a próxima!!!

 

porPaulo Henrique Corrêa Cardoso

Trabalhando com Webservice Rest ADVPL

Já pensou em integrar suas aplicações com o ERP Protheus ? O Protheus, como vários ERP’s, são sistemas muito completos e que abrange diversas áreas da empresa, porém sabemos que muitos desses ERP’s não tem acompanhado as novas aplicações de mercado, principalmente na área web/mobile. Mas enquanto as grandes desenvolvedoras adequam seus ERP’s para essa nova geração tecnológica, podemos muito bem fazer os grandes e arcaicos ERP’s conversarem com ferramentas mais amigáveis, dessa forma unimos o melhor de cada uma das tecnologias para otimizar os trabalhos. O Protheus contempla algumas formas de realizar integração, como: Webservice SOAP EAI Próprio Webservice Rest Em minha concepção o mais aderente as plataformas existentes no mercado é o webservice Rest que possui sua representação em JSON e por padrão TOTVS já possui sua camada interface e de autenticação bem implementadas. Passos necessários para preparar seu Protheus para funcionar com o Webservice Rest:

Configurar um server de webservice Rest

Para realizar a configuração será necessário adicionarmos alguns itens no arquivo .ini do server Protheus. Sugiro que seja criado um server separado para o Webservice, tanto por questão de performance, como também por questão de manutenção.
[GENERAL]
MAXSTRINGSIZE=10
 
[HTTPV11]
Enable=1
Sockets=HTTPREST

[HTTPREST]
Port=8080
URIs=HTTPURI
SECURITY=1

[HTTPURI]
URL=/rest
PrepareIn=All
Instances=1,2

[ONSTART]
jobs=HTTPJOB
RefreshRate=30

[HTTPJOB]
MAIN=HTTP_START
ENVIRONMENT=environment
 

Desenvolvendo sua Classe Rest ADVPL

Para começarmos a desenvolver nossa Primeira classe Rest em ADVPL vamos precisar entender um pouco a ideia dos verbos existentes nesta representação:
  • POST – Verbo responsável por realizar inclusões de registros no sistema.
  • PUT – Verbo  responsável por realizar alterações de registros no sistema.
  • GET – Verbo responsável por realizar o retorno de registros do sistema.
  • DELETE – Verbo  responsável por realizar exclusões de registros do sistema.
Definidas as responsabilidades de cada método podemos começar a exemplificar cada um deles. Para isso, primeiro precisamos a construir a estrutura base do nosso fonte ADVPL para nossa classe Rest.
#Include 'Protheus.ch'
#Include 'RestFul.CH'    //Necessario utilizar a incluide do RESTFUL

/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} WsRstExp()
Dummy function da Classe Rest
Esta função é necessario pois o ADVPL necessita de um function
dentro do fonte 
Uso: WsRstExp

@sample
//U_WsRstExp()

@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 21/07/2020
@version 1.0
-------------------------------------------------------------/*/
User Function WsRstExp()
Return

/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} WsRstExp()
Definição da Classe, propriedades e assinatura dos métodos
Uso: WsRstExp

@sample
//U_WsRstExp()

@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 21/07/2020
@version 1.0
-------------------------------------------------------------/*/
WSRESTFUL WsRstExp DESCRIPTION "Serviço REST de exemplo"
    WSDATA param1    As STRING
    WSDATA param2    As STRING Optional

    WSMETHOD GET    DESCRIPTION "Get Exemplo"     WSSYNTAX "/WsRstExp?param1={valueParam1}&param2={valueParam2}"
    WSMETHOD POST   DESCRIPTION "Post Exemplo"    WSSYNTAX "/WsRstExp"
    WSMETHOD PUT    DESCRIPTION "Put Exemplo"     WSSYNTAX "/WsRstExp?param1={valueParam1}&param2={valueParam2}"
    WSMETHOD DELETE DESCRIPTION "Delete Exemplo"  WSSYNTAX "/WsRstExp?param1={valueParam1}&param2={valueParam2}"

END WSRESTFUL
No exemplo acima definimos a classe WsRstExp, na sequencia definimos 2 parâmetros sendo um deles como opicional. Em seguida definimos a assinatura dos 4 métodos que serão utilizados. Na definição da assinatura temos a seguinte estrutura: WSMETHOD <cVerb> [cId] DESCRIPTION <cDescription> [WSSYNTAX <cSintax>] [PATH <cPath>] [TTALK <cTTalkVersion>] Na definição do método temos a seguinte estrutura: WSMETHOD <cVerb> [cId] [QUERYPARAM <QueryParms>] [PATHPARAM <PathParms>] [HEADERPARAM <HeaderParms>] WSRESTFUL <WsRestFul>
Nome Tipo Descrição Obrigatório
cVerb POST, PUT, GET ou DELETE X
cId Caracter ID para diferenciar e possibilitar a criação de métodos que utilizam verbos http repetidos
cDescription Caracter Descrição do método REST X
cSintax Caracter Sintaxe HTTP da chamada REST. Esta informação é utilizada apenas para documentação do REST.
cPath Caracter Definição do endpoint que irá acionar aquele método.
*Pode conter agrupamento, o nome da classe e os pathparms. (A partir da release 12.1.23 da lib, em jan./2019).
cTTalkVersion Caracter Valor “v1” para sinalizar que o método utiliza o padrão de mensagem de erro do TTALK.
QueryParms Indica os parâmetros, separados por vírgulas, que este método receberá via QueryString.
O parâmetros indicados aqui devem ser declarados como WSDATA.
PathParms Indica os parâmetros, separados por vírgulas, que este método receberá via path, ou seja, como parte da URL.
HeaderParms Indica os parâmetros, separados por vírgulas, que este método receberá via Header na requisição HTTP.
WsRestFul Caracter Indica o nome da classe, do serviço, que o método atual pertence. X
Agora vamos começar a definir os métodos logo abaixo do código anterior:
/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} GET
Get de Exemplo - Método utilizado para consultas
Uso: WsRstExp
@sample
//GET / WsRstExp
@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 21/07/2020
@version 1.0
-------------------------------------------------------------/*/
WSMETHOD GET WSRECEIVE param1, param2 WSSERVICE WsRstExp
   Local lRet      := .T.         // Recebe o Retorno 
   Local oJsonRet  := NIL         // Recebe o JSON de Saida
   
    /*
   
  Trecho com a sua codificação
   
   */
  
   // Monta Objeto JSON de retorno
   oJsonRet := NIL
   oJsonRet := JsonObject():new()

   oJsonRet['Propriedade1'] := EncodeUTF8("Retorno 1", "cp1252") 
   oJsonRet['Propriedade2'] := 10 
   oJsonRet['Propriedade3'] := .T.
  
   // Devolve o retorno para o Rest
   ::SetResponse(oJsonRet:toJSON())
   
Return lRet


/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} POST
Post de Exemplo - Método utilizado para inclusões
Uso: WsRstExp
@sample
//POST/ WsRstExp
@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 21/07/2020
@version 1.0
-------------------------------------------------------------/*/
WSMETHOD POST WSRECEIVE nullparam WSSERVICE WsRstExp
   Local lRet      := .T.         // Recebe o Retorno 
   Local cBody	   := ''          // Recebe o conteudo do Rest
   Local oJson     := NIL         // Recebe o JSON de Entrada
   Local oJsonRet  := NIL         // Recebe o JSON de Saida
   
   // Pega o conteudo JSON da transação Rest
   cBody := ::GetContent()
   ::SetContentType("application/json")

   oJson := JsonObject():new()
   oJson:fromJson(cBody)
  
   /*
   
  Trecho com a sua codificação
   
   */
  
   // Monta Objeto JSON de retorno
   oJsonRet := NIL
   oJsonRet := JsonObject():new()

   oJsonRet['Propriedade1'] := EncodeUTF8("Retorno 1", "cp1252") 
   oJsonRet['Propriedade2'] := 10 
   oJsonRet['Propriedade3'] := .T.
  
   // Devolve o retorno para o Rest
   ::SetResponse(oJsonRet:toJSON())
        
   FreeObj(oJsonRet)
   FreeObj(oJson)

Return lRet

/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} PUT
PUT de Exemplo - Método utilizado para Alterações
Uso: WsRstExp
@sample
//PUT / WsRstExp
@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 21/07/2020
@version 1.0
-------------------------------------------------------------/*/
WSMETHOD PUT WSRECEIVE param1, param2 WSSERVICE WsRstExp
   Local lRet      := .T.         // Recebe o Retorno 
   Local cBody	   := ''          // Recebe o conteudo do Rest
   Local oJson     := NIL         // Recebe o JSON de Entrada
   Local oJsonRet  := NIL         // Recebe o JSON de Saida
   
   // Pega o conteudo JSON da transação Rest
   cBody := ::GetContent()
   ::SetContentType("application/json")

   oJson := JsonObject():new()
   oJson:fromJson(cBody)
  
   /*
   
  Trecho com a sua codificação
   
   */
  
   // Monta Objeto JSON de retorno
   oJsonRet := NIL
   oJsonRet := JsonObject():new()

   oJsonRet['Propriedade1'] := EncodeUTF8("Retorno 1", "cp1252") 
   oJsonRet['Propriedade2'] := 10 
   oJsonRet['Propriedade3'] := .T.
  
   // Devolve o retorno para o Rest
   ::SetResponse(oJsonRet:toJSON())
        
   FreeObj(oJsonRet)
   FreeObj(oJson)

Return lRet

/*/-----------------------------------------------------------
{Protheus.doc} DELETE 
DELETE de Exemplo - Método utilizado para exclusões
Uso: WsRstExp
@sample
//DELETE  / WsRstExp
@author Paulo Henrique Corrêa Cardoso.
@since 21/07/2020
@version 1.0
-------------------------------------------------------------/*/
WSMETHOD DELETE WSRECEIVE param1, param2 WSSERVICE WsRstExp
   Local lRet      := .T.         // Recebe o Retorno 
   Local cBody	   := ''          // Recebe o conteudo do Rest
   Local oJson     := NIL         // Recebe o JSON de Entrada
   Local oJsonRet  := NIL         // Recebe o JSON de Saida
   
   // Pega o conteudo JSON da transação Rest
   cBody := ::GetContent()
   ::SetContentType("application/json")

   oJson := JsonObject():new()
   oJson:fromJson(cBody)
  
   /*
   
  Trecho com a sua codificação
   
   */
  
   // Monta Objeto JSON de retorno
   oJsonRet := NIL
   oJsonRet := JsonObject():new()

   oJsonRet['Propriedade1'] := EncodeUTF8("Retorno 1", "cp1252") 
   oJsonRet['Propriedade2'] := 10 
   oJsonRet['Propriedade3'] := .T.
  
   // Devolve o retorno para o Rest
   ::SetResponse(oJsonRet:toJSON())
        
   FreeObj(oJsonRet)
   FreeObj(oJson)
 
Return lRet
Nos exemplos acima utilizei a Classe JsonObject para tratar dados do tipo JSON, com a mesma é possivel transformar o JSON para objeto e vice-versa.

Muito importante

Para realizar os retornos para o Webservice Rest, temos dois métodos que precisamos utilizar. Em caso de sucesso e vamos devolver um JSON com conteúdo, utilizamos o método ::SetResponse(“[JSON]”). Em caso de falha utilizamos o método SetRestFault([StatusErro]), EncodeUTF8(“[Mensagem de Erro]”, “cp1252”)). Observação : utilizo a função EncodeUTF8(“Texto”, “cp1252”), para suprimir problemas de acentuação ao utilizar o envio de textos pela WS Rest. Nos casos de falha podemos utilizar a tabela abaixo para definir o StatusErro:
Status HTTP Descrição
422 Exceções de negócio
400 Requisição Mal Formada
401 Requisição Requer Autenticação
403 Requisição Negada
404 Recurso não Encontrado
405 Método não Permitido
408 Tempo esgotado para a requisição
413 Requisição excede o tamanho máximo permitido
415 Tipo de mídia inválida (falta de informar o content-type correto, ver JSON)
429 Requisição excede a quantidade máxima de chamadas permitidas à API
500 Erro de servidor
  Vou deixar aqui a documentação da TOTVS com mais algumas informações importantes sobre toda a estrutura do REST. https://tdn.totvs.com/display/framework/REST+ADVPL https://tdn.totvs.com/pages/viewpage.action?pageId=75269436   É isso pessoal. Espero que ajude muito vocês.  

Até a próxima!!!

porPaulo Henrique Corrêa Cardoso

Lógica de programação, um conhecimento para a vida.

Vejo muitas pessoas que estão tentando começar trabalhar na área de análise e desenvolvimento de software, sempre com muita dificuldade em escolher a melhor linguagem de programação, ou fazendo diversos cursos de desenvolvimento, mas nunca consegue evoluir na carreira.

Se você acredita que um curso de programação, ou as vezes até mesmo a faculdade de tecnologia vai te ensinar a programar, sinto dizer que será uma decepção… Decepção que vi nos olhos de diversos colegas que fizeram faculdade comigo.

Antes de mais nada, quero te dizer que o principal conhecimento da área de programação não é a linguagem de programação que você vai utilizar…
A principal skill dessa louca profissão é uma palavrinha de 6 letras…”Lógica”.

A lógica é a base pra qualquer linguagem de programação, não importa qual seja, se você tiver o seu raciocínio lógico aguçado, você será capaz de desenvolver em qualquer linguagem de programação.

Muito além disso, a lógica aguçada vai te ajudar em todas as áreas cognitivas da sua vida.

Na minha época de faculdade, vi diversos professores tentando introduzir a programação na cabeça dos alunos, com uma linguagem chamada Portugol, que nada mais é que uma linguagem de programação em português.

Só que muitos desses alunos não conseguiam pensar de forma estruturado o suficiente para conseguirem escrever uma condições básicas para efetuar as tarefas solicitadas. Isso tudo porque faltava o principal para o desenvolvimento, que é a lógica.

O melhor caminho pra aprender a lógica computacional, no meu ponto de vista, é quebrar ao máximo uma tarefa em pequenas sub-tarefas, de forma muito detalhada e bem compreensível.

Vou usar um exemplo bem simples que tive em minhas aulas de lógica na minha época de meu curso técnico.

Como trocar um pneu de um carro.

Você esta em uma estrada e sente o que o pneu do seu veículo furou, o que fazer?

1 – Ligue a seta para encostar na via.

2 – Vire a direção, sentido ao local que você quer estacionar, de uma forma suave.

3 – Vá parando o veículo aos poucos.

4 – Quando o veículo estiver totalmente parado, puxe o freio de mão.

5 – Desligue o veículo.

6 – Saia do veículo e abra o porta-malas.

7 – Retire o triângulo de sinalização e as ferramentas do porta-malas.

8 – Posicione o triângulo de sinalização na pista, com uma boa distância do veículo.

9 – Volte até o veículo, pegue a chave de rodas e solte um parafuso de cada vez do pneu furado.

10 – Posicione o macaco no local correto para retirar o pneu…

Acho que já deu pra você ter ideia de como é, não é mesmo?
Um bom exercício para você que está começando a estudar lógica, é completar esse exemplo da forma mais detalhada possível.

Viu só, a ideia desse exercício é demonstrar cada passo, de forma estruturada.

Temos que imaginar que um computador interpreta exatamente cada comando que passamos de forma literal e não de forma abstrata.

Após fixarmos a ideia de sempre deixar as informações o mais detalhadas possíveis, começamos a empregar o conceitos de decisões.

Se e Senão

Uma das bases da lógica é o conceito de decisão. Esse conceito temos que utilizar pra tudo em nossa vida pois o mesmo nos fará pensar o que vai acontecer, cada caminho que vamos seguir e prever as possíveis situações.

Uma técnica muito boa para visualizarmos esse conceito é a utilização de fluxogramas.

Os fluxogramas, são representações de processos, através de gráficos esquemáticos, onde cada símbolo tem uma função.

Neste exemplo podemos ver a tomada de decisão para uma lâmpada que parou de funcionar.

Muito importante !!!

Antes de começarmos a desenvolver a lógica de qualquer coisa que queremos passar para um programa, ou até mesmo para algum processo que desejamos criar pra qualquer área da vida, é imprescindível entender o problema, todas as suas variáveis e condições de falha e sucesso.

Quando estiver com esse raciocino lógico bem fixado na sua cabeça, você vai perceber que a linguagem de programação vai entrar muito mais fácil no seu dia a dia!

A complexidade da lógica em um vídeo. (Para rir um pouco…)

Espero que esse conteúdo te ajude!!!
E lembre-se, a lógica antes da linguagem…
A lógica é tudo !!!

Até a próxima !!!

porPaulo Henrique Corrêa Cardoso

Escopo de variáveis ADVPL

Fala pessoal, tudo bem ? Hoje tenho um assunto bem bacana pra quem trabalha com o desenvolvimento de sistemas Protheus® na linguagem ADVPL. Vamos entender melhor como funciona o escopo de variáveis e qual é o melhor para se utilizar em cada caso, isso impacta diretamente em performance e memória quando se trata de sistemas de grande escala. Primeiramente vou listar quais são os tipos de escopo e exemplificar cada um deles.

Global

Variáveis globais conseguem carregar suas informação para qualquer thread criada após a sua definição. São muito úteis quando precisamos definir ou recuperar valores em rotinas de processamento multi-thread. Devemos tomar cuidado ao utilizá-la, pois a mesma ficará disponível para qualquer execução iniciada após sua definição, podendo acarretar problemas de sobreposição caso concorra com mais de uma execução. No exemplo a seguir vamos definir duas variáveis globais que terão seus valores modificados por uma função executada em outra Thread, e na sequência recuperar seus valores na função atual.
User Function ExJobXPT()
  Local lRetJob := .F.

  // Tenta obter acesso exclusivo pra gravar a variável global
  While !( GlbLock() )
    Sleep(5)
  End While
  
  //Define e seta o valor nas variáveis globais
  PutGlbValue("lRetExec", lRetJob )
  PutGlbValue("cTexto", "Teste" )
  
  //Libera o acesso excluvivo a pilha de variáveis globais
  GlbUnlock()
  
  //Executa rotina em uma nova Thread 
  StartJob("U_ExecXPTO",GetEnvServer(),.T.)
  
  // Le os valores gravado pela função onde a váriavel global foi alterada.
  lRetJob  := GetGlbValue("lRetExec")
  If lRetJob
    Conount(GetGlbValue("cTexto"))
  Else
    Conount("Retornou Falso")
  EndIf
Return

Public

A variável Public e uma variável que fica valida em todo o escopo de execução do sistema ou seja do momento em que a mesma for criada até o momento que fizer a desconexão da sessão ativa ou destruição da mesma. É uma variável que temos que tomar cuidado ao utilizar, justamente pelo escopo abrangente que a mesma possui. A criação sem necessidade podo causar problemas de lentidão ou até mesmo problemas em tempo de execução do programa caso o mesmo não seja preparado para isso. A mesma pode ser utilizada para definir informações que serão utilizadas em diversas rotinas do sistema. Elas são equiparadas as Session’s de  outras linguagens. Alguns exemplos de variáveis públicas existentes são : cFilAnt, cEmpAnt, dDatabase, cModulo. No exemplo a seguir vamos ver um caso onde guardamos a hora inicial da chamada de uma função de menu, e verificamos se o tempo que demorou para entrar em outra função foi maior que 3 minutos.
// Função executada em um botão do menu do protheus
User Function ProcInic()
    Public cHoraIni := TIME()
    
    // Seu Código
Return


// Função executada em um outro botão do menu do protheus
User Function ProcFim()
    Local cDifTime := ElapTime ( cHoraIni, TIME() )
    If cDifTime > "00:03:00" 
        Alert("O tempo de execução entre a função inicial e final demorou mais de 3 minutos.")
    EndIf

Return

Static

As variáveis do tipo Static tem seu escopo definido dentro da execução de uma thread, ou seja, consegue ser acessado por qualquer função hierarquicamente acima ou abaixo do local onde foi declarada, normalmente as variáveis Static são declaradas logo após a definição das includes do fonte e podem ser utilizadas somente pelo programa fonte corrente. No exemplo abaixo, vamos incrementar a variável em cada nível de função chamada.
#Include "Protheus.ch"

Static nVar := 0

User Function Pai()
  nVar += 10
  conOut("Pai")
  conOut(nVar)
  Filho()
  
  // Muito importante limpar o valor da váriavel static ao concluir sua utilização
  nVar := 0
Return
 
Static Function Filho()
  nVar += 10
  conOut("Filho")
  conOut(nVar)
  Neto()
Return
 
Static Function Neto()
  nVar += 10
  conOut("Neto")
  conOut(nVar)
Return
Muito importante lembrar a necessidade de limpar a variável ao final de sua utilização, pois se as funções foram executadas novamente sem essa limpeza pode acarretar em valores errôneos.

Private

O escopo da variável Private tem sua definição valida para todas as funções hierarquicamente chamadas após a sua declaração, independente do programa fonte utilizado e a mesma se encerra ao final da execução da sua função de origem. Este tipo de escopo não necessita do identificador Private para ser criada, basta escrever o nome da variável não existente que em momento de execução o ADVPL cria como Private, isso pode ser um grande problema em caso de uma exceção, pois será muito difícil  encontrar onde a mesma foi criada. Vejo muitos analistas/programadores que não declaram as variáveis, isso além de deixar o código muito confuso pode causar problemas em tempo de execução e aumento de memória. No exemplo abaixo podemos ver que a variável cNome definida como Private dentro da função Filho() consegue ser acessada pela função Neto(), porém não consegue ser acessada pela função U_Pai().
User Function Pai()
  Filho() 
  If Type("cNome") == "C"
    conOut(cNome)
  Else
    conOut("Variável não definida")
  EndIf
Return
 
Static Function Filho()
  Private cNome := "Paulo"
  Neto()
  conOut("Filho")
  conOut(cNome)
Return
 
Static Function Neto()
  conOut("Neto")
  If Type("cNome") == "C"
    conOut(cNome)
  EndIf
Return

Local 

O escopo Local é o escopo de menor abrangência, ou seja, ele só funciona dentro da função onde a variável foi declarada, e é o escopo que devemos utilizar com mais frequência, pois terá o menor tempo de vida útil dentro da execução, consequentemente o menor custo de memória. No exemplo abaixo precisamos definir a variável local dentro da função onde queremos utilizar, note que a função Filho() não encontrará a variável cVarNome se a mesma não for declarada.
User Function Pai()
  Local cVarNome := "Paulo"
  conOut(cVarNome)
  Filho()
Return
Static Function Filho() 
  Local cVarNome := "Henrique"
  conOut(cVarNome)
Return
  
  Um detalhe muito importante do escopo de variáveis é que elas podem ser subsistidas por uma variável de escopo menor caso a mesma seja declarada dentro do local utilizado, por exemplo. Se eu possuir uma variável Public cXPTO com o valor “A” já declarado e dentro de uma novo fonte eu declarar uma variável Static cXPTO  com o valor “B” as duas variáveis existirão, mas o sistema vai priorizar o escopo mais baixo para a utilização no processamento corrente. Esta sequência hierárquica de escopo é : PublicStatic  > Private > Local .  O escopo Global não entra nessa hierarquia pois o mesmo é definido e acessado de forma diferente dos outros.   É isso pessoal, espero que ajude muito vocês e se tiveram alguma dúvida só deixar nos comentários.  

Até a próxima !!!